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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cuidado com ovos

OVOS CONTENDO UMA "BULA" - UMA BOA IDÉIA PARA O BRASIL

A PROPOSTA AMERICANA PARA ETIQUETAR OS OVOS

Artigo de JUAN R. H. MOYA adaptado por ROBERTO M.
FIGUEIREDO


As autoridades sanitárias dos EUA obtiveram êxito
reduzindo o número de intoxicações pelo consumo de ovos
através da introdução de etiquetas contendo informações
sobre os riscos derivados de seu consumo e as medidas mais adequadas
para evitar estas doenças.
Os riscos que podem ser derivados de uma inadequada e
imprudente manipulação dos ovos preocupam de forma
particular as autoridades sanitárias dos EUA. E, apesar
que não se pode negar que os ovos representam uma uma
fonte excelente de proteínas e um bom contribuinte para a
dieta, são conhecidos os riscos evitáveis que representam
seu consumo. Em especial, destaca o risco da bactéria
Salmonella.
Os Estados Unidos provou com êxito uma nova fórmula
baseada em algo tão simples como informar ao consumidor
dos riscos potenciais e das melhores medidar para
evita-los. A idéia poderia ser exportada.
O desejo de proteger adequadamente o consumidor faz com
que novas soluções comecem a tomar forma com a finalidade
de prevenir riscos. Como acontece com outros produtos de
consumo, a solução está em informar ao consumidor, através
da etiquetagem, tanto dos riscos como das medidas mais
adequadas para previni-los. Os resultados obtidos e as previsões pré
implantação obrigatória das medidas adotadas avalizam esta
nova fórmula.

O OVO AMERICANO
A preocupação maior da administração dos EUA com relação
à segurança dos alimentos se potencializou durante o
mandato do Presidente Bill Clinton. Entre os principais objetivos
de seu mandato estavam os de educar os consumidores e reduzir as
enfermidades relacionadas com os alimentos, em especial, as causadas
por ovos contaminados. Segundo se alegava pelo governo americano:
" os ovos necessitam ser consumidos adequadamente ou pelo contrário,
poderão causar enfermidades".
Entre os anos de 1996 e 1998, e fruto da colaboração do
Departamento de Agricultura dos EUA (FSIS) e da Agência de
Alimentos e Medicamentos (FDA), do Departamento de Saude e
Serviços Humanos e o Centro para o Controle e Prevenção de
Enfermidades (CDC), foram obtidos resultados fantásticos
sobre o ponto de vista epidemiológico, pois o número de
enfermidades causadas por Salmonella enteritidis
diminuiram nada menos que 44%.
Fruto destes resultados o Conselho de Segurança dos
Alimentos desenvolveu em 1999 um plano estratégico com a
finalidade de melhorar a segurança dos ovos.
Entre as questões que foram abordadas, destacam o controle
dos patógenos e os pasos a seguir para uma melhor
coordenção da segurança dos ovos desde a granja até a
mesa. Neste mesmo ano, a FSIS e o FDA uniram seus esforços
para prevenir enfermidades causadas por ovos contaminados
medinte a adoção de novas medidas, que foram
complementadas com outros atos jurídicos e informativos. Ambos
organismos compartilham responsabilidades. Se bem que a maior
responsabilidade sobre os ovos com casca recai sobre o FDA.
A agencia norte americana propõe como medida a exigência
de cláusulas de segurança nas etiquetas para prevenir aos
consumidores de alto risco sobre as enfermidades causadas
pela Salmonella enteritidis. A regra final que foi
oficializada em publicação federal datada de 5 de
Dezembro de 2000 tornou obrigatoria a presença de uma
etiqueta de advertência, a partir de 4 de setembro de
2001, com os seguintes dizeres:

"Instruções para uma preparação segura: Os ovos podem
conter uma bactéria perigosa que é conhecida por causar
enfermidades graves, especialmente nas crianças, idosos e
pessoas com o sistema imunológico debilitado. Para sua
proteção: Mantenha os ovos refrigerados, cozinhe os ovos
até que as gemas estejam firmes (endurecidas) e cozinhe
completamente os alimentos que contenham ovos"

REGULAÇÃO UNIFORME

A regulação adotada nos EUA estabelece um requisito
federal uniforme para que todos os ovos sejam refrigerados
a uma temperatura de, no mínimo 7,2oC ou bem refrigerados,
sendo aplicado desde 4 de Junho de 2001. A diretriz afeta
no primeiro momento da cadeia alimentar, os armazens e
outros locais de distribuição onde se armazenam ovos com
casca previamente embalados para seu envio aos
consumidores, aos meios de transporte que transladam os ovos
até os pontos de venda, e especialmente, aos estabelecimentos
de venda aos consumidores menores, restaurantes, supermercados,
provedores, operações de vending, hospitais, asilos de
idosos e escolas, que devem proceder da mesma forma no que diz
respeito a manutenção da cadeia do frio (manter sob
refrigeração).

Para os produtos a base de ovos que foram pasteurizados
ou tratados para destruir Salmonellas, o FDA dispos uma
regulação específica que recomenda que estes produtos
sejam mantidos sob refrigeração ou congelados para
assegurar sua qualidade, e com respeito aos produtos de
ovos em pó está permitido seu armazenamento a temperatura
ambiente.
Com as medidas adotadas pelo governo dos EUA, a rede de
vigilância ativa de enfermidades transmitidas pelos
alimentos preve que poderão ser evitados 66.000 casos de
enfermidades e 40 falecimentos por ano, o que determina
que o risco que se pretende reduzir é de todo previsível.

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